A trilogia O Senhor dos Anéis de Peter Jackson deixou uma marca insuperável no cinema, misturando efeitos práticos e visuais, um elenco impecável e uma profunda conexão com a obra de J.R.R. Tolkien. Desde então, várias tentativas de expandir o universo da Terra-média foram realizadas, mas nenhuma alcançou o mesmo nível de excelência. Com O Senhor dos Anéis — A Guerra dos Rohirrim, a Warner Bros. tenta novamente revisitar esse mundo, agora em formato de animação.
Uma nova abordagem
A história se passa duzentos anos antes da Guerra do Anel, explorando os apêndices de Tolkien sobre Helm Mão-de-Martelo e os conflitos de Rohan contra os Terrapardenses. Apesar do título remeter ao lendário Helm, a narrativa foca em Hera, uma princesa corajosa, mas cujo desenvolvimento fica aquém do esperado.
Embora Hera seja apresentada como a personagem central, sua construção é rasa. Ela é descrita como livre e combativa, mas o filme não aprofunda essas características, fazendo com que outros personagens, como seus irmãos e a protetora Olwyn, sejam mais interessantes e marcantes.
Batalhas e visual
A decisão de contar essa história em forma de animação é ousada e abre possibilidades criativas, mas a execução deixa a desejar. Enquanto os cenários são belíssimos, remetendo à grandiosidade de Rohan, a qualidade da animação dos personagens oscila. Algumas cenas impressionam, como as batalhas envolvendo Helm, mas outras parecem simplórias, revelando limitações de produção.
Além disso, o filme opta por focar em lutas individuais, deixando de lado as batalhas épicas que são marca registrada do universo de Tolkien. Isso pode frustrar fãs que esperavam grandiosidade visual nas cenas de combate.
Uma nostalgia incompleta
O Senhor dos Anéis — A Guerra dos Rohirrim tem seus momentos de emoção, especialmente para fãs da trilogia original. A presença de Miranda Otto como narradora e o retorno da icônica trilha sonora de Rohan ajudam a criar uma conexão nostálgica. Contudo, o formato de anime e as falhas na animação evidenciam limitações e acabam prejudicando a experiência.
Apesar dos tropeços, o filme abre caminho para futuras adaptações no formato de animação, mostrando que o universo de Tolkien ainda tem muito a oferecer. Se aprimorarem o cuidado com a narrativa e a qualidade técnica, o potencial é imenso.
Nota do editor: 3
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