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Esta série de ficção científica subestimada reinventou a história e merece muito mais reconhecimento

Esta série de ficção científica subestimada reinventou a história e merece muito mais reconhecimento.

Muitos espectadores concordam que existem inúmeras séries de televisão subestimadas por aí. É natural que queiramos defender nossas séries favoritas, afinal, desejamos compartilhá-las com mais pessoas. Isso nos leva a uma série altamente subestimada que foi ao ar de 2008 a 2011. De certa forma, essa produção tinha um pouco de tudo: no cerne, era uma fantasia científica, mas também explorava o folclore vitoriano, os criptídeos e até mesmo temas cyberpunk. A combinação resultou em uma aventura memorável, porém, negligenciada, chamada Sanctuary. Talvez o nome relativamente simples tenha contribuído para que ela passasse despercebida.

Sanctuary foi uma série de TV canadense criada por Damian Kindler. O projeto contou com diversos nomes conhecidos, especialmente para os fãs de Stargate. Amanda Tapping liderou a série, interpretando a Dra. Helen Magnus. A Dra. Magnus administra o Santuário, um espaço seguro para Anormais (criptídeos, criaturas mágicas e afins). Outros rostos familiares também participaram, como Robin Dunne, Emilie Ullerup, Christopher Heyerdahl, Ryan Robbins e Agam Darshi. A série tinha potencial para ser algo grandioso, então, o que aconteceu?

A Ascensão e Queda de Sanctuary

Imagem da série Sanctuary

Inicialmente, Sanctuary surgiu como uma web série, mas o canal Syfy vislumbrou o potencial e aprovou uma produção maior. O primeiro episódio foi ao ar em 3 de outubro e obteve um bom desempenho, atraindo cerca de 3 milhões de espectadores. No entanto, na quarta temporada, o público começou a perder o interesse e o Syfy anunciou o cancelamento logo depois.

A história central gira em torno da Dra. Helen Magnus e sua instalação, o Santuário. Ela é uma teratologista de 157 anos, ou seja, especialista no estudo de anormalidades. Seu objetivo principal é proteger esses Anormais, e é assim que ela recrutou pessoas como o Dr. Will Zimmerman (Robin Dunne). Ele é um psiquiatra forense com uma experiência peculiar, o que o torna perfeito para ajudar no tratamento dos Anormais sob os cuidados da Dra. Magnus.

Rostos Familiares e Tons de Sanctuary

Entrada do Santuário na série

Para quem não se lembra, Amanda Tapping interpretou Samantha Carter na franquia Stargate, aparecendo em Stargate SG-1, Stargate Atlantis e Stargate Universe. Ela inclusive deixou seu papel em Stargate Atlantis para assumir o protagonismo em Sanctuary. Curiosamente, ela não foi a única atriz a migrar entre as franquias. Christopher Heyerdahl, que interpretou Halling e Todd the Wraith em Stargate Atlantis, também esteve em Sanctuary, novamente em dois papéis distintos: Bigfoot, paciente/guarda-costas/assistente da Dra. Magnus, e John Druitt, um personagem recorrente.

Embora Robin Dunne não seja um deles, muitos fãs acreditam que seu personagem foi fortemente inspirado em Daniel Jackson de SG-1. Alguns fãs podem apreciar essa inclusão, enquanto outros talvez prefiram simplesmente reassistir à inspiração.

Combinando Temas e Gêneros Diferentes

Cena com um vampiro em Sanctuary

Em sua essência, Sanctuary é uma série de ficção científica, mas ela abraça totalmente seus elementos de fantasia. Devido à longa história de Helen, há muitos temas vitorianos e góticos presentes na série, incluindo representações fictícias de figuras históricas (como Jack, o Estripador). Isso nos leva a outras influências notáveis, como Nikola Tesla (Jonathan Young), que neste universo se tornou um vampiro.

É uma mistura peculiar e, convenhamos, pode fazer qualquer historiador se arrepiar, mas Tesla continua sendo uma força motriz por trás da tecnologia desse mundo, que oscila entre o steampunk e algo próximo do cyberpunk. Além disso, a série incorpora temas clássicos do cyberpunk, como transumanismo, uso ético da tecnologia e identidade em um mundo em constante transformação.

Embora existam alguns enredos e temas abrangentes na série, muitos episódios se desenvolveram como um drama processual. Não era exatamente um formato de história de monstro/crime da semana, mas chegava perto. Frequentemente, Sanctuary explorava conceitos mais sutis, como os que cercam o controle, a identidade, a evolução e a natureza humana. A série repetidamente levantava questões difíceis, como o que significa ser humano e como a sociedade deve tratar aqueles que são diferentes.

Sanctuary chegou ao fim em 2011 e, gradualmente, tem se apagado com o tempo. Embora possa não agradar a todos, foi inovadora na história que tentou contar. A série reuniu diversos temas e elementos diferentes para criar algo novo e envolvente e, como resultado, proporcionou aos espectadores uma aventura surpreendentemente focada nos personagens.

Sanctuary está disponível para streaming gratuito no Tubi, Pluto TV e Roku Channel.

Fonte: CB

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