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Warhammer: Dawn of War 4 parece promissor, mas precisa se diferenciar de DOW 2 e 3

Warhammer: Dawn of War 4 parece promissor, mas precisa se diferenciar de DOW 2 e 3.

Após o lançamento da versão remasterizada de Warhammer 40,000: Dawn of War, o tão esperado anúncio oficial de Warhammer 40,000: Dawn of War 4 aconteceu durante a Gamescom Opening Night Live. A KING Art, a equipe por trás de Iron Harvest, está desenvolvendo o jogo, que será publicado pela Deep Silver. Este momento representa um retorno muito aguardado à franquia, e a animação dos fãs é palpável. O trailer de revelação apresentou um breve vislumbre da jogabilidade, da história e de algumas das facções presentes no game. Contudo, mesmo com a empolgação em torno de Dawn of War 4, existe uma certa cautela, já que a recepção de cada jogo da série tem sido bem diferente.

Sem dúvida, Warhammer 40,000: Dawn of War se destaca como o melhor título da série e, possivelmente, um dos melhores jogos de estratégia em tempo real (RTS) de todos os tempos. Ele recebeu diversas expansões, elevando a seleção de facções para nove. Além disso, sua campanha e modo multiplayer foram quase universalmente aclamados. Desse modo, tudo isso culmina nas expectativas que os fãs depositam em Warhammer 40K: Dawn of War 4.

Os Erros de Warhammer 40,000: Dawn of War 2 & 3

Warhammer 40K: Dawn of War 3
image courtesy of relic entertainment.

Warhammer 40,000: Dawn of War 2 e Dawn of War 3 expandiram a série, entretanto ambos seguiram direções diferentes do que os fãs esperavam. Apesar de a primeira impressão de Warhammer 40K: Dawn of War 4 ser promissora, ele já corre o risco de repetir erros que levaram à decadência da série.

Uma das maiores preocupações reside na quantidade de facções em Dawn of War 4. Na Gamescom, apenas quatro facções foram apresentadas, e isso sequer inclui clássicas como Eldar e Chaos. Mais estranha ainda é a escolha do Adeptus Mechanicus. Embora seja ótimo ver a facção recebendo mais atenção, incluí-la em um jogo com somente quatro facções, quando os Space Marines já estão disponíveis, parece incomum. Jogos anteriores foram lançados com quatro facções, porém seria de se esperar que um renascimento da série viesse com tudo.

A jogabilidade parece gerar opiniões divergentes entre os fãs. Em um primeiro momento, aparenta retomar a construção de bases e os grandes confrontos de Dawn of War. No entanto, também parece pegar emprestado ideias de Dawn of War 2 e Dawn of War 3. Cartas de Unidade, similares às da série Total War, foram notadas durante a demonstração de gameplay, o que deixa os fãs apreensivos.

Isso parece indicar que pode haver unidades e esquadrões predefinidos para os jogadores escolherem. Dawn of War 2 desviou-se do primeiro jogo nesse aspecto, restringindo drasticamente a escala de batalha e as opções táticas. Embora a construção de bases esteja de volta, os fãs almejam a capacidade de personalizar completamente seu exército e alterar sua estratégia livremente. Dawn of War 2 implementou mecânicas MOBA estranhas que não combinaram com a série, e sofreu por causa disso.

Dawn of War 3 removeu grande parte desses elementos MOBA, mas tomou decisões ainda mais desconcertantes para a série. O foco recaiu sobre unidades gigantes e heróis de elite, ao mesmo tempo em que implementava uma versão mal executada de construção de bases. Além disso, foi lançado com uma facção menor do que Dawn of War 2, limitando o jogo e tornando seu foco em unidades especiais insatisfatório. Isso sem mencionar a qualidade questionável da narrativa do jogo.

Warhammer 40,000: Dawn of War 4 Apresenta um Começo Promissor

Warhammer 40K: Dawn of War 4
image courtesy of king art.

Pouco foi revelado sobre a jogabilidade de Warhammer 40K: Dawn of War 4. As primeiras reações foram diversas, mas alguns elementos se destacaram. O primeiro é a história, que marca um retorno a Kronus e aos Necrons como um inimigo proeminente. O que causou confusão foi ver Cyrus, um sargento dos Blood Ravens, morto durante a cinemática, mas depois disponível como uma unidade em uma partida.

A construção está de volta, e parece que as execuções sincronizadas também retornaram. Isso, combinado com o retorno da construção de bases, é animador, entretanto a KING Art precisa aprender com Dawn of War e não com a aberração que foi a tentativa de construção de bases de Dawn of War 3. Há mais esperança nisso, já que muitas das mecânicas de Dawn of War podem ser vistas na tela, como energia, população e mais.

As batalhas aparentam ser em maior escala, o que está alinhado com o primeiro jogo e levará a confrontos grandiosos como os de Warhammer 40,000: Space Marine 2. No entanto, isso foi prejudicado porque os fãs tiveram opiniões diversas sobre o ângulo da câmera. Parece que a KING Art almeja recriar a sensação de jogar a versão de mesa de Warhammer 40,000, porém isso é muito diferente dos jogos anteriores. Isso não é necessariamente algo ruim e pode resultar em uma experiência mais imersiva.

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Resta saber como será a experiência completa. Um editor de exército, o retorno de um sistema de cobertura e escaramuças são adições promissoras ao jogo. Dawn of War 4 também confirmou a participação de John French, o renomado autor da Black Library, como co-roteirista. Essa notícia tranquilizou os fãs em relação à história, com a esperança de evitar um dos maiores tropeços de Dawn of War 3.
O lançamento de Warhammer 40,000: Dawn of 4 está previsto para 2026, o que significa que ainda há muito tempo para o desenvolvimento. Sem dúvida, a KING Art está atenta ao feedback inicial deste trailer de revelação e o levará em consideração ao longo do desenvolvimento. Dawn of 4 tem o potencial de ser o melhor jogo da série até o momento, mas precisa aprender com seus antecessores, tanto o que fazer quanto o que não fazer.

Fonte: CB

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