A ideia inicial era simples: criar um rival da Disney para Mario nos games, reunindo personagens populares. Assim nasceu Kingdom Hearts, impulsionado pela sorte e pelo Grilo Falante. O protagonista Sora conquistou o mundo, dando início a uma franquia que combina a jogabilidade envolvente da Square Enix com a paixão nostálgica e a imaginação da Disney. Ao longo de duas décadas, Kingdom Hearts se expandiu com diversos spin-offs e mais dois jogos principais, todos cativando fãs de RPG. Com a Square Enix e a Disney prontas para reviver a aclamada série de ação e aventura com Kingdom Hearts 4, é o momento perfeito para relembrar os melhores títulos da franquia enquanto aguardamos.
Esta lista apresenta os melhores jogos de Kingdom Hearts, do pior ao melhor. Embora coletâneas como Kingdom Hearts 1.5, 2.5 e 2.8 sejam ótimas opções para jogar os títulos mais antigos, elas não fazem parte desta lista, que foca em jogos individuais. Prepare suas Keyblades e magias, pois chegou a hora de destacar o melhor da franquia Kingdom Hearts.
10) Kingdom Hearts: Unchained/Union X

A série Kingdom Hearts não teve muito sucesso em dispositivos móveis, e o cancelamento de Kingdom Hearts: Missing-Link só reforça isso. Embora seja compreensível querer levar a franquia a todos os públicos, Kingdom Hearts: Union X não atingiu o objetivo esperado. Como um jogo mobile gacha, Union X era um prelúdio de Kingdom Hearts, com grande parte da história focada nos Mestres Keyblade e na Organização. Apesar da premissa de que uma boa história poderia justificar alguns gastos, a jogabilidade repetitiva e sem brilho não agradou. Com mais de 780 missões, o jogo foi retirado de circulação em 2024, então, embora não seja mais possível jogar, talvez seja o melhor.
9) Kingdom Hearts: Re: Coded

Um remake de Kingdom Hearts Coded, este título para Nintendo DS foca mais em quebra-cabeças do que na ação dos jogos anteriores. Situado após Kingdom Hearts 2, o jogo acompanha um Sora digitalizado depurando as entradas do diário do Grilo Falante, destruindo blocos e lutando contra Heartless. Embora o destaque de Re: Coded seja sua jogabilidade única, o material original é fraco, pois reutiliza muitos dos mundos anteriores de Kingdom Hearts de forma menos atraente. Em uma série conhecida por sua narrativa, este título não brilhou.
8) Kingdom Hearts: Re: Chain of Memories

Chain of Memories foi lançado originalmente em 2004, e Re: Chain of Memories chegou em 2008, com gráficos de Kingdom Hearts e mais batalhas. A Square Enix arriscou ao mudar o sistema de combate para um baseado em cartas, com sucesso parcial. Re: Chain of Memories trouxe uma experiência única e conectou Kingdom Hearts e Kingdom Hearts 2 com a introdução de Namine e membros da Organização XIII. No entanto, a direção pouco clara dos personagens, além da Organização, e a jogabilidade confusa e difícil, deixaram o projeto final um tanto sem graça.
7) Kingdom Hearts: Melody of Memory

O título mais recente da franquia, Melody of Memory, desbloqueia uma nostalgia que apenas jogadores de longa data apreciariam… o que o torna um título complicado de se conectar. Abrangendo toda a série até a DLC Kingdom Hearts III Re: Mind, este jogo de ritmo passa por grande parte das músicas de Kingdom Hearts, incluindo Hikaru / Simple and Clean e Passion / Sanctuary de Hikaru Utada, bem como a incrível trilha sonora sentimental de Yoko Shimomura. A música é um destaque da série, e este jogo a exibe muito bem, mas a jogabilidade rítmica é repetitiva e a história não acrescenta muito.
6) Kingdom Hearts: 358/2 Days

Enquanto os títulos anteriores mudavam a jogabilidade, 358/2 Days mudou a perspectiva, acompanhando Roxas em sua vida diária na Organização XIII. Este jogo se passa simultaneamente a Chain of Memories, ajudando a ligar a aparição de Roxas em Kingdom Hearts 2. Mantendo a jogabilidade de RPG de ação, 358/2 Days também incorpora elementos de hack and slash, que se encaixaram bem, mas não aprimoraram a experiência de jogo baseada em missões. Como muitos dos primeiros títulos da série, este jogo tem uma narrativa forte e emocionante, o que era único, considerando que esses personagens seriam chefes em Kingdom Hearts 2. A história, embora às vezes confusa, é o ponto forte, enquanto a jogabilidade não oferece variedade suficiente para se destacar.
5) Kingdom Hearts 3D: Dream Drop Distance

A Square Enix queria levar a série Kingdom Hearts para o 3DS, e foi assim que Kingdom Hearts 3D: Dream Drop Distance transformou um sonho em realidade. Destacando os avanços técnicos do sistema, este título foi um sucesso devido aos seus gráficos e jogabilidade. Com a introdução do Flowmotion, também usado em Kingdom Hearts 3, a jogabilidade foi elevada a outro nível, ressaltando a experiência de ação adorada. Por outro lado, Dream Drop Distance errou na sua história confusa, seguindo o Exame de Marca de Maestria de Sora e Riku. A série pode ser difícil de acompanhar, mas este título confundiu muitos, tornando o jogo difícil de se aprofundar. A adição dos Dream Eaters também pareceu deslocada, apenas trazendo mais confusão ao título.
4) Kingdom Hearts 3

Como o canto do cisne para a “Saga do Buscador da Escuridão”, Kingdom Hearts 3 captura a escala grandiosa esperada desta série. Mais de uma década após o lançamento de Kingdom Hearts 2, o terceiro título traz a franquia para uma nova geração com visuais incríveis e novos mundos da Disney e Pixar para explorar. Seguindo nosso elenco principal de personagens, Kingdom Hearts 3 não economiza em nostalgia. Embora o jogo tenha acertado no sistema de combate, que trouxe de volta a mecânica Flowmotion, as batalhas contra chefes não tiveram o impacto de Kingdom Hearts 2. Se há uma coisa que faltou neste título, foi profundidade na narrativa. Não é fácil terminar uma saga que milhões amaram, mas Kingdom Hearts 3 valeu a pena a espera, apesar de suas falhas.
3) Kingdom Hearts: Birth by Sleep

Um prelúdio de Kingdom Hearts, Birth by Sleep sobe ao pódio da série principal em termos de escala e jogabilidade. Seguindo Ventus, Terra e Aqua localizando o Mestre Xehanort para salvar os mundos dos Unversed, o jogo aborda uma dinâmica executada sem esforço, criando três estilos de jogo diferentes para cada personagem. Para um jogo de PlayStation Portable, Birth by Sleep manteve a integridade gráfica vista nos títulos anteriores, enquanto continuava a capturar o coração e a alma da série, com uma história envolvente e divertida de experimentar. É interessante ver os novos dubladores da série, como Willa Holland, Leonard Nimoy e Mark Hamill, deixando suas marcas na amada franquia. Os pesadelos vêm de sua jogabilidade refrescante, mas repetitiva, atenuada por seus problemas de câmera.
2) Kingdom Hearts

A série não seria possível sem a força de Kingdom Hearts. Unir os mundos da Disney e Final Fantasy, construindo um novo, poderia ter sido visto como uma jogada comercial para ambas as empresas, mas não foi nada disso. Com narrativa, trilha sonora e combate incríveis, Kingdom Hearts foi equilibrado, o que foi uma falha em outros títulos da série. Ter um garoto enviado para vários mundos da Disney com Donald e Pateta como seus companheiros parece insano, mas sob essa camada de absurdo reside uma história única e sincera, enfatizada pelas atuações de voz de Haley Joel Osment como Sora e Billy Zane como Ansem. As únicas críticas vêm da jogabilidade da Gummi Ship, que é mais frustrante do que divertida.
1) Kingdom Hearts 2

Raramente as sequências superam seus antecessores, mas esse é o caso de Kingdom Hearts. A adição de Roxas, dublado por Jesse McCartney, e da Organização XIII foram ótimas adições, trazendo complexidade sem complicar como os títulos recentes. Uma evolução de Kingdom Hearts, KH2 explora o melhor do gênero de RPG de ação, criando uma experiência de jogo desafiadora e satisfatória. Um dos maiores benefícios desta série é seu sistema de combate, mais fluido que o do jogo anterior. Embora o jogo tenha algumas falhas com seu design de níveis e uso excessivo de cutscenes, a narrativa ainda entrega emoções e desenvolvimento de personagens. Muitos jogos de Kingdom Hearts foram lançados ao longo da última década, mas nada captura a essência da série como Kingdom Hearts 2.
Fonte: CB