A Ubisoft está enfrentando pressão de seus próprios investidores para apresentar uma resposta mais clara à iniciativa “Stop Killing Games”, um movimento criado por jogadores em protesto contra a prática de empresas encerrarem o acesso a jogos que os consumidores compraram. Essa cobrança surge após a decisão da Ubisoft de desativar os servidores de The Crew em março do ano passado, tornando o jogo completamente inacessível, mesmo para aqueles que o adquiriram legalmente.
O movimento, liderado por Ross Scott, criador do canal Accursed Farms, rapidamente ganhou força entre jogadores preocupados com a preservação de jogos digitais. A campanha já ultrapassou um milhão de assinaturas e busca a criação de leis que impeçam que jogos comprados se tornem inutilizáveis devido a decisões das empresas. Ao contrário do que algumas empresas sugerem, o objetivo não é forçar o suporte eterno, mas sim garantir que, quando o suporte terminar, os jogos possam ser jogados offline, sem depender de servidores online.
Durante uma reunião com acionistas, o CEO da Ubisoft, Yves Guillemot, respondeu às críticas afirmando que a empresa já informa os consumidores sobre a necessidade de conexão online e sobre o possível encerramento de funcionalidades, com um aviso prévio de 30 dias. Ele também mencionou que os jogadores de The Crew tiveram a oportunidade de adquirir The Crew 2 por um valor simbólico em uma promoção anterior. Guillemot também enfatizou que essa questão não é exclusiva da Ubisoft, e que todos os estúdios enfrentam o dilema de manter serviços online para jogos antigos ou obsoletos.
No entanto, as justificativas da empresa não abordam o ponto principal: garantir que um jogo possa continuar funcionando sem a necessidade de suporte ativo contínuo. O movimento “Stop Killing Games” cita exemplos como Gran Turismo Sport e Knockout City, onde os estúdios implementaram medidas para permitir que os jogadores mantivessem o acesso aos jogos após o desligamento dos servidores.
Fonte: Eurogamer
