É difícil encontrar um filme de terror mais icônico que O Bebê de Rosemary, de Roman Polanski. A produção adapta fielmente o romance de Ira Levin para as telonas, traduzindo perfeitamente a paranoia e a tensão atmosférica que permeiam a obra literária. Além disso, o elenco é talentoso e entrega atuações impecáveis. É desafiador encontrar falhas, e muitos compartilham dessa opinião. A obra é amplamente aclamada por fãs e críticos. No Rotten Tomatoes, possui o selo de “Certified Fresh” e uma aprovação crítica estelar de 97%. Caso ainda não tenha assistido a essa obra emblemática, temos uma ótima notícia: O Bebê de Rosemary está disponível no Paramount+.
Essa aclamada história acompanha Rosemary (Mia Farrow) e seu marido, Guy (John Cassavetes), enquanto se mudam para o Bramford, um prédio de apartamentos antigo. Lá, o jovem casal conhece Minnie e Roman Castevet (Ruth Gordon e Sidney Blackmer), um casal de idosos aparentemente amigável que, eventualmente, revela segredos obscuros. Quando Rosemary engravida, ela fica radiante, mas após uma série de complicações inesperadas, sua gravidez se transforma em um verdadeiro pesadelo.
O Bebê de Rosemary: Um filme notável que merece sua pontuação quase perfeita no Rotten Tomatoes

Desde sua estreia em 1968, o filme recebeu muitos elogios, e essa admiração só aumentou com o tempo. Afinal, tanto cinéfilos quanto estudiosos da sétima arte se conectaram com a forma como a tensão é construída. O diretor Polanski usa tomadas longas e closes para envolver o espectador e perturbá-lo no processo. Além disso, a trilha sonora de Krzysztof Komeda, com interpretações dissonantes da canção de ninar que Rosemary canta no início, contribui para a atmosfera sombria.
A canção de ninar mencionada se destaca ao longo da narrativa, incomodando o público com uma sensação de estranheza, já que a melodia, inicialmente inocente, se torna gradualmente mais intensa e caótica à medida que a história avança. Esses detalhes sutis elevam a obra a um nível superior.
Polanski demonstra seu domínio ao evitar sustos fáceis e violência explícita, preferindo construir a tensão ao nos fazer questionar nossa própria sanidade. Assim como Rosemary, começamos a nos perguntar o que é real e o que é imaginação. Essa paranoia e desconfiança crescem continuamente, culminando em um desfecho inesquecível que atinge como um soco no estômago.
Além da construção de tensão eficaz e da abordagem sutil na criação do terror, o filme apresenta atuações memoráveis. Mia Farrow, no papel de Rosemary, se destaca. Ela traz fragilidade e vulnerabilidade à personagem, inspirando no espectador o desejo de protegê-la. Isso torna ainda mais angustiante acompanhar Rosemary sendo lançada em um pesadelo atrás do outro.
Ruth Gordon também impressiona como Ruth. Em uma atuação que lhe rendeu um Oscar, Gordon demonstra dualidade, sendo maternal e ameaçadora ao mesmo tempo. Ela mantém o público hesitante, dando motivos para acreditar que ela é inofensiva, para logo em seguida nos fazer pensar o contrário.
Essa dualidade presente na personagem de Gordon reflete um tema maior em O Bebê de Rosemary. Como apontam os críticos, vemos isso no embate entre o bem e o mal, a religião e o oculto, a honestidade e a decepção, entre outros. Essa justaposição frequentemente causa desconforto, expondo o espectador a extremos opostos sem muita clareza, até o momento em que tudo é revelado.
Em resumo, O Bebê de Rosemary é um trabalho notável que resistiu ao tempo, permanecendo um clássico aclamado quase 60 anos após seu lançamento. A tensão palpável, estabelecida por meio de enquadramentos e edição perturbadores, bem como a crescente paranoia, contribuem para que o filme continue relevante. Sem mencionar as atuações imersivas e envolventes. Se você deseja assistir a essa obra aclamada pela crítica, pode fazê-lo com uma assinatura do Paramount+.
Fonte: CB