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7 Ótimas Séries do Prime Video Que Quase Ninguém Conhece

7 Ótimas Séries do Prime Video Que Quase Ninguém Conhece

Se tem uma coisa que o Prime Video faz muito bem, são suas séries. Apesar do retorno positivo da crítica e do público, algumas produções acabam passando despercebidas, mesmo repletas de qualidades. Seja por uma divulgação fraca, momento de lançamento inadequado ou uma vibe mais original, muitas delas não alcançam a maioria das pessoas. Algumas estrearam junto com lançamentos maiores e mais chamativos, outras não viralizaram nas redes sociais, mas todas compartilham algo em comum: narrativas corajosas com uma voz forte que podem surpreender quem lhes dá uma chance.

A seguir, confira 7 séries originais do Prime Video que mereciam muito mais reconhecimento.

1) Dead Ringers

É surpreendente que Dead Ringers não tenha causado mais burburinho em sua estreia, especialmente considerando sua ousadia e a atuação impressionante de Rachel Weisz como gêmeas ginecologistas com personalidades opostas. A série é uma refilmagem do filme de David Cronenberg, mas se aprofunda ao reimaginar a história sob uma perspectiva feminina. Elliot e Beverly (ambas interpretadas por Weisz) são médicas com a missão de revolucionar o tratamento do parto e da saúde reprodutiva, mas logo as coisas saem do controle, seguindo em uma direção moralmente complexa e sombria.

A produção não tem receio de ser desconfortável (visual e emocionalmente) e talvez seja por isso que não agradou a um público maior. Contudo, essa intensidade é justamente o que a torna tão fascinante. Em vez de apenas modernizar o original, ela o expande para explorar temas atuais com uma inteligência brutal que te mantém vidrado. Dead Ringers é uma ótima escolha para quem gosta de thrillers psicológicos e é uma joia escondida que muitos perderam.

2) Undone

É difícil acreditar o quão subestimada Undone é, principalmente por ser tão inovadora em todos os níveis. Com um estilo de animação singular que mistura live action e elementos desenhados à mão, e uma história que une ficção científica, drama familiar e suspense psicológico, a série acompanha Alma (Rosa Salazar), uma jovem que descobre ter a capacidade de manipular o tempo após um acidente de carro. Ela parte para desvendar o mistério por trás da morte de seu pai, enquanto lida com sua saúde mental e traumas.

A princípio, Undone pode parecer densa, mas é surpreendentemente fácil de maratonar, especialmente porque combina grandes questões existenciais com relacionamentos realistas. Além disso, os criadores de BoJack Horseman a dirigem, o que lhe confere a mesma profundidade emocional e intimidade, mesmo quando a trama se torna surreal. É uma das raras séries que aproveitam a animação para contar uma história que simplesmente não funcionaria em live action. Portanto, se você a ignorou, perdeu um dos projetos mais originais do Prime Video.

3) I Love Dick

Sabe aquelas séries feitas para te deixar desconfortável? I Love Dick é uma delas, no melhor sentido. A história acompanha Chris (Kathryn Hahn), uma artista em crise criativa e conjugal que se torna obcecada por um professor carismático chamado Dick (Kevin Bacon). Essa obsessão a leva a uma jornada de autodescoberta. Baseada no romance de Chris Kraus, a série transforma essa premissa em algo que parece um diário pessoal e uma provocação intelectual sobre desejo, arte e poder.

O ponto é que esta produção não tenta ser agradável. I Love Dick é estranha, cerebral e intimista, e isso a torna uma das séries mais ousadas e singulares do catálogo do Prime Video. É uma narrativa feminina mais complexa e desafiadora, o que provavelmente explica por que não se tornou tão popular. Um ponto positivo é que se trata de uma produção curta que não exige muito tempo, mas que permanece na sua mente por muito tempo depois que termina.

4) Expats

Expats parecia ter tudo para fazer sucesso, mesmo sendo diferente: Nicole Kidman estrela o papel principal e a história é intensa e emocionante sobre mulheres expatriadas em Hong Kong. A série acompanha três mulheres cujas vidas se cruzam após o desaparecimento de uma criança, revelando segredos, culpa e desigualdades sociais. Essencialmente, é uma trama sobre luto e privilégio em um contexto politicamente carregado. Talvez por abordar tudo com sobriedade e complexidade, acabou afastando alguns espectadores que esperavam algo mais direto.

Essa produção exige sua total atenção, pois não oferece respostas fáceis nem retrata personagens como heróis ou vilões claros. No entanto, é justamente essa ambiguidade que torna Expats tão cativante, mesmo com suas falhas. É uma história madura que explora conflitos morais e oferece uma visão mais realista das relações humanas. Definitivamente, merecia mais reconhecimento.

5) One Mississippi

Poucas pessoas se lembram de One Mississippi, mas é uma das séries mais genuínas já produzidas. Inicialmente, pode parecer uma produção pequena, mas carrega um grande peso emocional. A história é uma mistura semi autobiográfica de tragédia e comédia contada com uma honestidade quase perturbadora. Tig (Tig Notaro) é uma apresentadora de rádio que retorna à sua cidade natal após a morte de sua mãe e precisa enfrentar problemas de saúde e segredos familiares inesperados.

Não espere grandes reviravoltas ou clímaxes dramáticos, mas isso é justamente o que faz a série funcionar. One Mississippi tem um humor seco e observacional e aborda temas sérios como luto, identidade, trauma e sobrevivência com uma sensibilidade que poucas produções conseguem. O ritmo pode ser um pouco lento às vezes, mas cada episódio traz sua própria pequena revelação ou momento reflexivo. Vale a pena assistir se você procura algo honesto, íntimo e cheio de humanidade real, sem muito drama exagerado.

6) Harlem

Harlem é exatamente o tipo de série que merecia tanta atenção quanto outras comédias sobre amizade feminina, como Sex and the City. A história acompanha quatro mulheres negras na casa dos trinta tentando conciliar carreiras, relacionamentos e suas identidades no bairro de Nova York que dá nome à série. É leve, divertida, estilosa e, o mais importante: cheia de personalidade, o que parece raro hoje em dia com tantas produções genéricas.

Apesar de entregar temporadas consistentes, Harlem nunca se tornou um grande sucesso, provavelmente porque faltou divulgação ou simplesmente porque não depende de uma trama dramática para atrair o público, mas sim de acompanhar a vida dessas mulheres. No entanto, quem lhe dá uma chance geralmente se surpreende com o equilíbrio entre comédia picante e momentos genuinamente emocionantes. A química entre as protagonistas é fantástica e a série aborda o amadurecimento sem parecer moralista. É uma opção mais inteligente e interessante do que a maioria das pessoas imagina.

7) I’m a Virgo

Uma das séries mais excêntricas e inventivas dos últimos anos é I’m a Virgo, dirigida por Boots Riley, que conta a história de Cootie (Jharrel Jerome), um adolescente negro de quase 4 metros de altura que cresceu isolado e finalmente decide sair de casa para explorar o mundo. É uma fábula afrossurrealista repleta de críticas ao capitalismo, ao racismo e à mitologia dos heróis. A princípio, a premissa pode soar estranha, mas tudo é apresentado com uma estética única e um humor que mistura o absurdo e a crítica social com desenvoltura.

Certamente, essa não é uma série para todos, o que pode explicar por que passou despercebida e tudo bem. No entanto, isso não diminui a visão criativa ousada do projeto. A atuação principal equilibra carisma e vulnerabilidade, enquanto o roteiro aborda questões sociais reais sem parecer professoral. I’m a Virgo é o tipo de série que você ama ou odeia, e essa estranheza é o que a destaca. Se você procura algo que quebre o molde tradicional, encontrará uma joia escondida aqui.

Fonte: CB

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