A Sega embarcou em uma nova fase, repensando sua abordagem e planejamento de lançamentos. A empresa busca equilibrar inovação com respeito à sua história, ousando criar experiências empolgantes.
Shuji Utsumi, CEO da Sega, considera a revitalização da empresa como o maior feito de sua carreira, um objetivo em que trabalham há anos. Em uma conversa recente com o TheGameBusiness, Utsumi revelou que, após um período em que os sucessos da Sega vinham de estúdios europeus, eles conseguiram alcançar reconhecimento global com produções japonesas.
“Por diversas razões, quando retornei à Sega, os estúdios japoneses estavam mais focados no mercado interno, o mercado japonês, do que nos outros mercados. Apesar da Sega ser uma empresa muito amada pelo público ocidental, eles prestavam pouca atenção a esse público. Portanto, mudamos a mentalidade para considerar os jogadores de todo o mundo como nosso público-alvo.”
Essa mudança resultou na decisão de lançar jogos simultaneamente em todo o mundo, disponibilizá-los para PC e promovê-los globalmente, abandonando o passado focado no Japão. Como consequência, os estúdios começaram a pensar globalmente desde o início do desenvolvimento de um jogo, o que ajudou a Sega a construir uma nova imagem.
Utsumi, que ajudou a lançar o primeiro PlayStation, tem um carinho especial por consoles, mas reconhece que as empresas atualmente não podem ignorar plataformas como PC e mobile. Elas serão peças importantes na estratégia da empresa, que busca evitar o erro de viver apenas de glórias passadas, por mais rica que seja sua história.
“É algo que sempre converso com os estúdios e funcionários. Apesar do nosso apreço por todos os produtos, precisamos inovar ao mesmo tempo para atrair um novo público. Hoje em dia, felizmente, tudo dos anos 2000 parece ser legal novamente. Isso é bom para nós. Mas, ao mesmo tempo, precisamos ter novos elementos no jogo. Os criadores entendem que esse elemento nostálgico, o elemento antigo e o novo, são igualmente importantes.”
Em um momento em que os custos de produção estão aumentando, ser ousado pode representar um risco muito grande, exigindo equilíbrio. Franquias como Sonic são negócios sólidos e com menos riscos, mas com um bom retorno esperado, enquanto outras séries mostrarão a Sega se arriscando consideravelmente.
Fonte: Eurogamer
