The Witcher sempre foi um terreno fértil quando o assunto são monstros, seja nos livros, nos jogos ou nas histórias da Netflix. Com um mundo construído sobre lendas sangrentas, horrores ancestrais e folclore eslavo, a série The Witcher, juntamente com seu spin-off animado Nightmare of the Wolf, abraçou o grotesco mítico com uma ousadia criativa que poucas outras produções de fantasia conseguiram igualar. Mas quais monstros se destacam pelo design mais impressionante?
Compilamos uma lista com os 9 melhores, considerando a adaptação da Netflix do Continente de The Witcher. Não avaliamos apenas os níveis de poder ou os sustos repentinos. Também levamos em conta o design do ponto de vista estético, a arte visual assombrosa que faz um monstro permanecer na memória muito depois que a tela se apaga. Que comece a caçada!
1) O Mirípode (The Witcher Temporada 2)

Apresentado na segunda temporada de The Witcher, o Mirípode é exatamente o tipo de monstro que você não quer encontrar em uma passagem estreita na montanha. Este pesadelo colossal, semelhante a uma centopeia, era rápido, agressivo e incrivelmente ágil uma mistura de efeitos práticos e computação gráfica que realmente funcionou, conferindo ao monstro um movimento perturbador, quase alienígena. Com velocidade brutal e garras gigantescas, o Mirípode persegue suas presas incansavelmente pela floresta. Ele usa seu tamanho e peso para dominar os inimigos.
Além disso, ele é uma das criaturas mais poderosas que Geralt já enfrentou no Continente. Contudo, o que o consagra como um dos melhores em design é sua silhueta. Sua cabeça demoníaca massiva e corpo segmentado criam uma aparência biomecânica perturbadora, tornando-o um destaque entre os horrores insetoides da série.
2) A Mãe Imortal (The Witcher Temporada 2)

Voleth Meir também conhecida como a Mãe Imortal não é um monstro comum. Um demônio parasita que se alimenta de dor e medo, Voleth Meir manipula mentes e emoções. Sua verdadeira forma é espectral e demoníaca, mas ela possui outros para fazer sua vontade. Seu design, tanto em sua forma real quanto em suas manifestações, garante a ela um lugar nesta lista. Uma vez libertada em sua verdadeira forma na segunda temporada, ela surge como uma bruxa esquelética e retorcida, coberta por vestes em decomposição, com olhos que perfuram a alma.
A inspiração da Mãe Imortal veio claramente do mito eslavo, inspirando-se no arquétipo de Baba Yaga. Ela exala poder e malevolência, ao mesmo tempo em que carrega aquela elegância espectral e assombrosa que é mais perturbadora do que assustadora. Sua capacidade de manifestar ilusões e corromper almas é tão arrepiante quanto seu design.
3) O Leshen (The Witcher Temporada 2)

O Leshen (ou Leshy) é um espírito da floresta mutado pelo caos. Ele aparece como uma criatura imponente, semelhante a uma árvore com chifres, com a capacidade de manipular cipós, convocar corvos e remontar seu corpo. Feito de armadura de casca, ele é uma das criaturas mais assustadoramente belas e perigosas da série.
Apesar de ter estreado na segunda temporada da série da Netflix, os fãs de jogos também devem reconhecê-lo na franquia de videogames. Ainda que seu design no videogame incluísse uma cabeça de crânio de veado e olhos verdes brilhantes, era mais semelhante ao Wendigo do folclore nativo americano. A equipe da Netflix decidiu manter a ideia eslava de um senhor da floresta.
O Leshen se parece com a vingança da natureza personificada, e suas ações não estão muito longe disso. Quando ele ataca Eskel depois de infectá-lo com um fungo parasita, temos um vislumbre terrível da capacidade do monstro de corromper e transformar outros adicionando um nível de horror corporal raramente visto antes na série. O Leshen ganha um lugar nesta lista não apenas por seus poderes, mas por sua apresentação visual profundamente eficaz. É terror na floresta em sua melhor forma, e lembrou aos fãs que em The Witcher, nem mesmo as árvores estão seguras.
4) A Bruxa (The Witcher Temporada 2)

Se The Witcher tivesse uma representante para o terror elegante e sedutor, seria Verena, a Bruxa. Interpretada por Agata Buzek no episódio Grain of Truth da segunda temporada, a Bruxa é uma criatura semelhante a um vampiro com orelhas de morcego, olhos totalmente negros e uma voz como vidro quebrado. Ela usa gritos sônicos agudos para desorientar suas presas e possui imensa velocidade e força. Em forma humana, ela anda e fala como uma mulher normal e exala uma graça sinistra, até que ela desencaixa sua mandíbula e parte alguém ao meio.
A Bruxa foi projetada com o movimento em mente, usando acrobacias de contorcionistas e aprimoramentos digitais para fazer com que seus ataques parecessem uma mistura de balé e show de horror. Sua luta final contra Geralt, ambientada em uma mansão gótica, parece algo saído de Crimson Peak com toques de Blade II.
5) O Mahr (Nightmare of the Wolf)

Em Nightmare of the Wolf, o Mahr é uma criatura demoníaca que se alimenta de medo e manipula a mente por meio de alucinações. É o primeiro monstro que Vesemir encontra, e ele ajuda o bruxo Deglan no exorcismo de uma nobre possuída em sua cidade natal. Escondido nas sombras, o Mahr infecta hospedeiros alimentando-se de traumas psicológicos, distorcendo seus sentidos até que não consigam mais distinguir amigo de inimigo.
O que torna o Mahr especialmente aterrorizante é sua capacidade de distorcer os arredores, fazendo com que aliados pareçam ameaças e ambientes mudem de maneiras desorientadoras. O bruxo Deglan o derrota usando minério de meteorito ao redor da mulher que ele está possuindo, para interromper seus truques psíquicos e essencialmente forçá-lo a deixar o corpo do hospedeiro. O fato de ser uma criatura de 6 patas, parecida com uma tarântula, que vive dentro de você e essencialmente sai pela boca, já é suficiente para merecer estar nesta lista. Todavia, o fato de usar o medo para enlouquecer os humanos e, em seguida, controlá-los, o torna poderoso de forma furtiva e astuta.
6) A Caçada Selvagem (The Witcher Temporadas 2 e 3)

Embora tecnicamente mais espectral do que um monstro físico comum, a Caçada Selvagem são guerreiros espectrais com magia de fogo frio e armamento profano. Esses espectros blindados cavalgam cavalos mortos-vivos através de portais, e sua aparência geralmente indica desgraça. Vestidos com capacetes em forma de crânio e armaduras esqueléticas, esses cavaleiros mal falam, mas cada cena em que entram parece um presságio.
Eles fazem sua estreia no final da segunda temporada, mas na terceira temporada, seu design mostra claramente que eles se inclinam ainda mais para a zona espectral. Eles carregam espadas que brilham com energia sobrenatural e têm vozes que ecoam como sinos da morte. Apesar de não serem monstruosos no sentido tradicional, seu design de outro mundo os torna assustadores em uma escala etérea.
7) O Basilisco (The Witcher Temporada 2)

Apresentado na segunda temporada de The Witcher, o Basilisco é uma interpretação diferente do híbrido original de galinha e lagarto. Esta versão é mais parecida com um dinossauro ou dragão, cortando com garras afiadas e mordendo com precisão venenosa. Ele é ágil, enorme e aterrorizante, principalmente durante o ataque a Kaer Morhen.
O designer de criaturas de The Witcher, Shaun Smith, afirmou que os Basiliscos deveriam parecer instáveis e como se tivessem sido arrancados de outro mundo, em vez de pertencerem ao de Geralt. Suas asas biomecânicas, características assimétricas e movimentos rápidos e predatórios reforçam esse ponto. É uma versão de alta fantasia com sensibilidades de design de criatura modernas, e funciona perfeitamente.
8) O Chernobog (The Witcher Temporada 2)

Falando em espetáculo, o Chernobog aparece na segunda temporada de The Witcher e é um monstro sombrio, esquelético, semelhante a um wyvern, atraído pelo Sangue Ancestral de Ciri. Parte dragão, parte escultura de obsidiana, ele desliza pelo ar com asas de osso e gritos que rompem a calmaria. Com o poder de romper a pedra e dominar os oponentes com ataques aéreos, seu design é puro terror de alta fantasia.
Com asas irregulares, um focinho parecido com o de um pássaro e veias brilhantes, a criatura parece alienígena da melhor maneira possível. Assim como o basilisco da série, o Chernobog representa uma nova raça de monstro que não nasce da magia, mas de outros mundos. Ele ataca Geralt e Ciri nas montanhas ao redor de Kaer Morhen e faz uma entrada triunfal. Sua cena de morte, envolvendo um ataque aéreo bem cronometrado de Geralt, continua sendo uma das mortes de monstros visualmente mais emocionantes da série.
9) A Kikimora (The Witcher Temporada 1)

A primeira criatura que vemos em The Witcher ainda se mantém como um ótimo design de monstro depois de todas essas temporadas. A Kikimora é um híbrido grotesco de aranha e caranguejo que habita o pântano. Ela usa várias pernas para agilidade e ataques surpresa, geralmente espreitando debaixo dágua. Suas mandíbulas perfuram a armadura e seu sangue ácido aumenta o perigo. Combinado com o movimento estranho da criatura e a anatomia grotesca, é uma besta inesquecível que Geralt luta em um pântano na cena de abertura da série. Coberta de lama, limo e membros espinhosos, ela define o tom da série instantaneamente.
O uso de efeitos práticos combinados com aprimoramentos digitais deu a ela uma presença texturizada e tangível. Foi a introdução visual do mundo a The Witcher e a pressão era grande para torná-la impactante. O detalhe dedicado à criação deste monstro valeu a pena: pareceu real e poucas criaturas desde então a igualaram, nem nos deram os mesmos pesadelos.
Fonte: CB